3 de junho de 2017

Nilton Rosa da Silva, poeta lembrado pelo escritor Tabajara Ruas, a 44 a...



Homenagem do escritor Tabajara Ruas ao estudante Nilton Rosa, ex-aluno do Julinho, exilado e assassinado no Chile em 1973.

11 de setembro de 2016

Tombamento do prédio do Julinho

No dia 1º de setembro, em cerimônia realizada na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o prefeito Fortunati homologou o tombamento do prédio do Colégio Estadual Julio de Castilhos. O evento marca também uma homenagem ao centenário do nascimento do arquiteto Demétrio Ribeiro, um dos mais importantes arquitetos e urbanistas do Rio Grande do Sul, autor do projeto do prédio inaugurado em 1958, e que durante a ditadura civil-militar foi perseguido por sua ligação com o PCB.

Leia a matéria do Sul 21 aqui:

Tombamento do Julinho homenageia arquiteto perseguido pela ditadura

1 de dezembro de 2014

Palestra com Ignez Maria


Mariana Fraga e Ignez Maria

No dia 29 de novembro, Ignez presenteou a juventude do Julinho com uma fala maravilhosa aonde relatou sua trajetória de vida e militância, esclareceu dúvidas e interagiu com o Público!
Sempre bem humorada, Ignez divertiu e ensinou!
Quem conseguiu assistir, gostou bastante!
Convidada pela aluna Mariana Fraga, Ignez veio, apesar de estar passando por um momento difícil em sua vida pessoal, e ainda mais por isso, o Grupo e o grupo de Seminários Integrados agradecem de coração e imensamente a presença dessa grande guerreira no Julinho!

23 de novembro de 2014

Visitas ao Arquivo Publico do Estado do Rio Grande do Sul


Nos dias 07 e 21 de novembro, realizamos visitas ao Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul!
Realizamos essas visitas para pesquisar, fazer anotações sobre alguns militantes: Antônio de Pádua Ferreira da Silva, Ignez Maria Serpa Ramminger, Antônia Mara Vieira Loguércio, Paulo de Tarso Carneiro, Laerte Dornelles Meliga e Luiz Goulart Filho!
As visitas foram produtivas e serviram para sabermos um pouco mais sobre cada uma dessas figuras, e a confirmação de nomes de outros ex-julianos!

Pudemos conhecer a historiadora e pesquisadora Clarissa Alves, técnica em assuntos culturais do APERS, que atua no Programa de Educação Patrimonial UFRGS/APERS, que nos recebeu muito bem! Queremos deixar nosso agradecimento e créditos ao Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul!

Debate "1964 - O Golpe que Marcou a Ferro uma Geração"


No dia 10 de novembro, eu, a aluna Mariana Fraga compareci ao debate do livro “1964: O Golpe que Marcou á Ferro uma Geração” do autor Barnabé Medeiros Filho, realizado na Feira do Livro de Porto Alegre!
Nesse debate a mesa era composta, além do autor, por Cláudio Gutierrez, Enrique Padrós e José Valdir (representando o Secretário de Educação José Clóvis)! Gutierrez e Barnabé já nos presentearam com uma fala lá no Julinho, e é claro que marcamos presença nesse debate!
O Debate foi marcado por debate entre integrantes da mesa e o público sobre alguns tópicos como: “Será que era tão ruim assim a Ditadura?” Esse tópico em particular gerou muitas intervenções!
Outro tópico foi sobre fazer uma ligação com as manifestações de Julho de 2013 e a Ditadura! Nesse ponto, Barnabé e Olívio Dutra esclareceram muito bem á todos!

Uma oportunidade magnifica de ouvir todas essas figuras! 

14 de setembro de 2014

Audiência da CNV - Militares Perseguidos no RS


Os militares militares perseguidos no Rio Grande do Sul durante o período da ditadura, serão ouvidos pela Comissão Nacional da Verdade e pela Comissão Estadual da Verdade. Os depoimentos serão colhidos na segunda-feira, 15 de setembro, das 13h às 18h, em Porto Alegre, no salão Alberto Pasqualini, no palácio Piratini, sede do governo do estado.

Os convocados a depor, mesmo após o golpe de 1964 e até o fim da ditadura em 1988, mantiveram seus ideais e não aceitaram o golpe de Estado e a tomada de poder pelas Forças Armadas. Mesmo sob forte repressão, os oficiais fiéis a João Goulart não deixaram de apoiar o governo derrubado e, nos anos seguintes, foram importantes na luta pelo retorno da democracia. Também foram perseguidos militares nacionalistas e de esquerda e policiais da Brigada Militar do estado.

A audiência será transmitida ao vivo em www.cnv.gov.br/aovivo.

Leia a notícia completa na página da CNV:

Poema "Hombre de America"


Eu, a aluna Mariana Fraga,  tive a honra de recitar “Hombre de America” do Nilton Rosa da Silva no "Brasil Agradece Ao Chile III"

Só a experiência de recitar um poema em Espanhol já foi algo, e sendo do Nilton, tive uma grande responsabilidade! Tive uma grande ajuda em ensaios da professora de espanhol Cláudia Sanchez e  do professor de Teatro Vinicius Lopes. Sem contar o apoio do grupo!!!  Valeu galera!!!

Deixo com você, querido leitor, o poema:

HOMBRE DE AMÉRICA

SUBI AL ALTO MAR IMPREGNADO DE MONTAÑAS
Y MI GRITO DE HIZO MAS FUERTE
QUE EL GRUÑIR DE LOS PÁJAROS
AMARILOS DE LA NOCHE

HOY ASALTO AL ESPACIO
CON UMA PEQUEÑA CÁPSULA DE METAL
Y DOY  PASOS LENTOS HACIA EL INFINITO
SIN MORDAZAS QUE RESQUEBRAJEN
EL DOLOR INTENSO DE LA VIDA MUERTA

HACE UNO, DOS O MASS DIAS NACI
CONTINÚO DESAFIANDO LOS DIOSES
Y LAS TEMPESTADES
PERPETUANDO LA  MISERIA DEL DOMINIO
MAGNÁNIMO DEL ESPÁCIO INFINITO 
Y MI VOZ CONTINÚA SUABE Y TRISTE
COMO LA VOZ DE LOS HOMBRES

CUÁNDO SE MATA UM TIRANO...
!AH! QUÉ ALEGRIA EN LOS OJOS DEL MI PUEBO
!AH! QUÉ LEGRIA EN LOS OJOS DE MI PUEBO
SY HOY AJUSTICIARON AL TIRANO

SE PUDIESSE, PASARIA UMA AGUJA POR TODO MI CUERPO
QUIZÁS ASI, PURIFICARIA MI ALMA

Brasil Agradece ao Chile

Fotografia: Tatiana Xavier.

Na última quinta-feira, 11 de setembro, tivemos a oportunidade de receber na escola a terceira edição do evento Brasil Agradece ao Chile, promovido pelo Comitê Carlos de Ré da Memória, Verdade e Justiça. Este evento tem por objetivo resgatar a história do golpe militar chileno, a cooperação entre os governos militares na repressão, e as memórias da luta contra as ditaduras da América Latina. É também um agradecimento dos brasileiros e brasileiras exilados, pela acolhida que tiveram no Chile até 1973, quando ocorreu o golpe naquele país.
 
A primeira edição do Brasil Agradece ao Chile foi realizada em Porto Alegre, em 2012, no Sindbancários, com palestras, oficinas, cine debates, sarau e mostra fotográfica. A segunda edição, realizada em 2013, quando se completaram 40 anos do golpe chileno, foi realizada no Chile, resgatando as memórias de exílio através de atividades culturais, protestos simbólicos, homenagens e visitações a locais emblemáticos para as ditaduras brasileira e chilena.
 
Agora, tivemos a honra de receber a terceira edição no Julinho, escola em que estudaram vários dos militantes exilados que viveram no Chile, a exemplo de Carlos Beust, Dirceu Messias, Nilton Rosa e Jorge Basso (os dois últimos assassinados durante o período da ditadura civil-militar, Nilton no Chile e Jorge na Argentina). A realização desta atividade na escola foi proposta ao grupo do nosso projeto pelos representantes do Comitê Carlos de Ré, Raul Ellwanger, músico que esteve exilado no Chile entre o final de 1970 e 1973, e Thiago.
 
À esquerda, Dirceu Messias, e à direita Raul Ellwanger.
Fotografia: Tatiana Xavier.


Durante a manhã foram expostos banners produzidos pelo Comitê Carlos de Ré. Na abertura, as alunas Mariana Fraga e Maria Camila fizeram a leitura de dois poemas, de autoria dos ex-alunos Luiz Eurico Lisboa e Nilton Rosa. A professora Helena Mesquita falou em nome da direção da escola e Raul Ellwanger em nome do Comitê.

Foi exibida uma apresentação de slides intitulada O Julinho e Seus Simpáticos Subversivos, produzida por membros do Comitê, e o documentário curta-metragem Exilados, do diretor Boca Migotto, que tem como personagem o ex-aluno Carlos Beust. Na última parte, Raul Ellwanger e Dirceu Messias deram depoimentos, e Raul fez o encerramento tocando a canção Eu Só Peço a Deus.
 
Fotografia: Tatiana Xavier.

Nos próximos dias publicaremos outros textos com mais detalhes sobre as atividades do evento e sobre os participantes. As fotografias publicadas aqui foram feitas por Tatiana Xavier, historiadora e ativista participante do Comitê Carlos de Ré e da Anistia Internacional.

Agradecemos a todos os membros do Comitê, e aos professores, funcionários e alunos da escola que se envolveram contribuindo de alguma forma com a organização, bem como à direção, pelo esforço que fizeram para garantir que o evento ocorresse.

20 de julho de 2014

Cláudio Gutiérrez no blog do APERS

O blog do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) publicou um texto sobre o ex-aluno juliano Cláudio Antônio Weyne Gutiérrez.
Após ingressar no Julinho em março de 1965, Cláudio Gutiérrez iniciou sua militância estudantil com Luiz Eurico Lisboa. Ambos estudaram na escola até serem expulsos em maio de 1967, após a manifestação que ficou conhecida como “passeata da catedral”. No ano seguinte, já como membros da direção da UGES, ao retornarem à escola para tentar reabrir o Grêmio Estudantil, foram presos e fichados no DOPS.
Militante da VAL-Palmares e da ALN, Gutiérrez sofreu uma condenação no tribunal militar e exilou-se no Uruguai, onde foi preso. Escapou da deportação ao conseguir que sua situação chegasse ao conhecimento de um jornal que publicou sua história, e por ter direito à cidadania uruguaia. Após ser libertado, seguindo na sua militância, esteve ainda na Argentina, Bolívia e Chile.
Gutiérrez já contribuiu com o nosso projeto em diversos momentos, seja em conversas com o grupo, seja participando dos painéis que realizamos na escola desde 2012 e seu processo de indenização é um dos casos utilizados na Oficina de Educação Patrimonial Resistência em Arquivo:Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos, ministrada pela equipe do APERS.

15 de julho de 2014

Desapropriação do Dopinha

O projeto de lei que autoriza a liberação de verba para a desapropriação do terreno que abriga o antigo Dopinha, local utilizado entre 1966 e 1971 como centro clandestino de detenção e tortura, situado no n. 600 da rua Santo Antônio, deve ser encaminhado pela prefeitura à Câmara Municipal em três semanas.
O projeto inclui autorização para compra do terreno, isenção de pagamento de IPTU, e vinculação da aquisição à finalidade de uso do imóvel para abrigar o Centro de Memória Ico Lisboa. A desapropriação do imóvel é reivindicada pelo Comitê Carlos de Ré da Memória, Verdade e Justiça, que será responsável pela criação do memorial, cujo nome homenageia Luiz Eurico Tejera Lisboa.


Expectativa é que texto chegue à Câmara da Capital em três semanas
Lívia Araújo

Dentro de três semanas, a prefeitura de Porto Alegre deve encaminhar à Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a liberação de verba para a desapropriação do terreno que abriga o antigo Dopinha, no número 600 da rua Santo Antônio, em Porto Alegre, e que, entre 1966 e 1971, abrigou um local clandestino de prisão, tortura e morte de militantes perseguidos pela ditadura militar. A informação é do integrante do Comitê Carlos de Ré da Verdade, Memória e Justiça, vereador Pedro Ruas (P-Sol), que esteve reunido, na semana passada, com o prefeito José Fortunati (PDT) e o secretário municipal da Fazenda, Roberto Bertoncini.
De acordo com a coordenadora-geral do comitê, Christine Rondon, no projeto constam a autorização para a compra do terreno, a isenção do pagamento do IPTU e a vinculação da aquisição à finalidade de uso posterior do imóvel, que abrigará o Centro de Memória Ico Lisboa, destinado a ser um espaço para lembrar a resistência ao regime. Na reunião, o Executivo municipal apontou a necessidade de desmembramento da avaliação do terreno e do imóvel e suas benfeitorias. O Executivo estadual arcará com o pagamento da casa e benfeitorias. De acordo com a Casa Civil, o governo do Estado aguarda o retorno da prefeitura sobre os documentos enviados para inclusão no projeto. Conforme a Secretaria Municipal da Fazenda (SMF), a avaliação do imóvel feita pelo governo do Estado é de R$ 2,15 milhões – por essa estimativa, o valor do terreno não foi separado do das benfeitorias. Por isso, o imóvel passará por nova avaliação, a cargo da Unidade de Avaliação de Imóveis da SMF, para separar os dois valores. Isso é necessário porque há uma definição de que a desapropriação ocorra por Transferência de Potencial Construtivo (TPC), também conhecida como índice construtivo, que só pode ser utilizada na desapropriação do terreno. O valor das benfeitorias seria pago pelo Estado, e a diferença entre os 50% que cabem a cada uma das esferas, estadual e municipal, seria compensada por meio de convênio.
A desapropriação do casarão é reivindicada pelo comitê, que será também o responsável pela criação do memorial. O nome homenageia o militante político Luiz Eurico Tejera Lisboa, desaparecido em 1972, cujo corpo foi o primeiro a ser encontrado, em 1979, no cemitério clandestino de Perus, no estado de São Paulo, onde os militares depositavam os corpos de cidadãos torturados e mortos pela ditadura.
Ruas acredita que o projeto de lei seja aprovado sem contratempos, por se tratar de lei do Executivo e também por ser apoiado pela bancada de oposição. Segundo Ruas, após a desapropriação, o comitê terá condições de ocupar imediatamente o imóvel e realizar atividades culturais e palestras, além de abrigar documentos da época do regime militar. “Nossa urgência leva em conta que o Dopinha é o primeiro centro de sequestro, tortura e morte da América Latina concebido para essa finalidade. Por isso, qualifica-se para ser um sítio de memória de referência internacional”, destaca.
Atualmente, segundo a coordenadora-geral, o espaço já é aberto a atividades, como o evento que marcou o lançamento do Centro de Memória, em dezembro de 2013, pois a própria família proprietária é favorável à venda do imóvel.  O comitê está retomando o contato com o governo federal, através do Ministério dos Direitos Humanos, para negociar os custos das reformas e adequações necessárias no casarão. “Também temos possibilidade de buscar essa verba em parceria com outras secretarias e instituições”, afirma Christine.
O imóvel foi alugado clandestinamente pelo Exército em 1964, dificultando, por exemplo, a expedição de habeas corpus e tomada de depoimentos, já que não havia entrada oficial de prisioneiros no local. Um dos torturados e mortos no casarão foi o sargento Manoel Raimundo Soares, que, depois de morto, teve seu corpo atirado no Rio Jacuí. Apesar de ter as mãos amarradas, o laudo emitido pelas autoridades da época apontava que a causa da morte era suicídio. O episódio ficou conhecido como Caso das Mãos Amarradas.

15 de abril de 2014

Museu de Direitos Humanos do Mercosul


http://www.comissaodaverdade.rs.gov.br/conteudo/1200/exposicao-de-arte-no-museu-de-direitos-humanos-do-mercosul

No dia 1º de abril foi inaugurado o Museu de Direitos Humanos do Mercosul, situado no Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega. A primeira exposição intitula-se Deus e sua Obra no Sul da América - A Experiência dos Direitos Humanos Através dos Sentidos, que inclui fotografias, retratos, pinturas, esculturas cartuns, charges de cerca de 150 artistas de diferentes países do Cone Sul. A exposição permanece até dia 31 de maio.

Nota Pública da CNV Sobre os 50 Anos do Golpe Militar

No dia 31 de março, a Comissão Nacional da Verdade divulgou uma nota pública sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
 
50 anos do golpe de Estado de 1964

Há cinquenta anos um golpe de estado militar destituiu o governo constitucional do presidente João Goulart. Instaurou por longo tempo no país um regime autoritário que desrespeitava os direitos humanos; no qual os direitos sociais de muitos eram ignorados; em que os opositores e dissidentes foram rotineiramente perseguidos com a perda dos direitos políticos, a detenção arbitrária, a prisão e o exílio; onde a tortura, os assassinatos, os desaparecimentos forçados e a eliminação física foram sistematicamente utilizados contra aqueles que se insurgiam. Neste cinquentenário, a Comissão Nacional da Verdade quer homenagear essas vítimas e reafirmar sua determinação em ajudar a construir um Brasil cada vez mais democrático e mais justo.

A Comissão Nacional da Verdade nasceu com o objetivo de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período. Baseia-se na convicção de que a verdade histórica tem como objetivo não somente a afirmação da justiça, mas também preparar a reconciliação nacional, como vem assentado no seu mandato legal. Esteia-se na certeza de que o esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte, desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, a identificação de locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações graves de direitos humanos, constituem dever elementar da solidariedade social e imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país. Não deveria haver brasileiro algum ou instituição nacional alguma que deles se furtassem sob qualquer pretexto.

No ano passado comemoramos os vinte cinco anos da promulgação da Constituição Brasileira de 1988. Oitenta e dois milhões de brasileiros nasceram sob o regime democrático. Mais de oitenta por cento da população brasileira nasceu depois do golpe militar. O Brasil que se confronta com o trágico legado de 64, passados cinquenta anos, é literalmente outro. O país se renovou, progrediu e busca redefinir o seu lugar no concerto das nações democráticas. Não há por que hesitar em incorporar a esta marcha para adiante a revisão de seu passado e a reparação das injustiças cometidas. Pensamos ser este o desejo da maioria. É certamente o sentido do trabalho da Comissão Nacional da Verdade.

Brasília, 30 de março de 2014.
Comissão Nacional da Verdade


13 de abril de 2014

30 Anos do Comício das Diretas em Porto Alegre

 
No dia 13 de abril de abril de 1984 foi realizado o Comício das Diretas em Porto Alegre. Este grande ato público, realizado na Praça Montevidéu, em frente à prefeitura, reivindicava eleições livres e diretas para presidente da República. Participaram lideranças políticas estaduais e nacionais, como Leonel Brizola, Tancredo Neves, Teotônio Vilella, Franco Montoro, além de artistas, como Fafá de Belém. Compareceram mais de 200 mil pessoas.

12 de abril de 2014

Barnabé Medeiros Filho

Fotografia: Mariana Fraga

No painel A Luta Juliana na Ditadura, realizado na manhã do dia 31 de março, no auditório Luiz Eurico Tejera Lisbôa, um dos convidados foi o ex-aluno Barnabé Medeiros Filho. Nascido em Tubarão (SC), Medeiros veio para Porto Alegre ainda criança. Cursou o antigo ginásio no Inácio Montanha, e em seguida o curso científico no Julinho, entre 1964 e 1966.

No Julinho, Medeiros começou a participar do Grêmio Estudantil em 1965, no cargo de juiz. Na época, o Grêmio Estudantil se organizava em um sistema parlamentarista, com uma estrutura de três poderes. O judiciário do grêmio era composto por juízes eleitos nas turmas de 2º ano. Mais tarde foi também representante de turma.

Ainda no Julinho filiou-se ao Partido Operário Revolucionário-Trotskista (POR-T) e após concluir o científico passou a dedicar-se mais à militância, além de começar a trabalhar como bancário e a participar do sindicato da categoria. Mudou-se para São Paulo, onde passou a ser responsável pela edição do jornal do partido. Em 1972 foi preso no DOI-CODI paulista, onde foi torturado. Ficou preso por mais de um ano, e após a libertação começou a trabalhar como jornalista, profissão que exerceu até recentemente.

Atualmente reside em São Paulo e é escritor, com quatro livros publicados. Em fevereiro lançou o livro 1964 - O golpe que marcou a ferro uma geração.

3 de abril de 2014

Entrevista na TVCOM com Ignez Maria Serpa Ramminger


No dia 01 de abril, Ignez concedeu uma entrevista à TVCOM. No Presidio Madre Peletier, a militante voltou ao local que lhe causou tanto sofrimento! Lá, mostrou o local onde ficava, ainda contendo marcas do vaso sanitário e da cama!

Sobre o espaço atualmente ter virado um canil, ela disse: "Ironicamente, hoje é um canil! Por que eu digo ironicamente? Porque eu sou médica veterinária".

Além de ser um belo exemplo de "memória viva", Ignez é uma das únicas que consegue voltar ao local que lhe causou tanta dor!

Painel em descomemoração aos 50 anos do golpe: "A Luta Juliana na Ditadura"


No dia 31 de março, dia da DEScomemoração dos 50 anos do golpe militar,  o grupo Direitos Humanos, Movimento Estudantil no Julinho e Comissão da Verdade organizou o painel A Luta Juliana na Ditadura, no qual participaram os ex-alunos e militantes Suzana Keniger Lisbôa, Barnabé Medeiros Filho e Cláudio Antônio Weyne Gutierrez.

Ficamos muito felizes por conseguir um espacinho na agenda tão lotada de cada um deles! O público participou, perguntou!
Apesar da falta de luz no início, o  público colaborou e o evento foi um sucesso!

26 de março de 2014

Restituição dos Mandatos Cassados em Porto Alegre


Nesta quinta-feira, dia 27 de março, às 14h, a Câmara Municipal de Porto Alegre fará uma sessão de restituição dos mandatos de prefeito, vice-prefeito e vereadores cassados durante a ditadura civil-militar. A atividade ocorrerá no auditório Otávio Rocha.

Nesta homenagem, serão restituídos os mandatos do ex-prefeito Sereno Chaise, do vice-prefeito Ajadil de Lemos, e dos vereadores Alberto Schoeter, Dilamar Machado, Glênio Peres, Marcos Klassmann, Índio Vargas, e Hamilton Chaves, que tiveram seus mandatos cassados no período da ditadura (1964 a 1985).

Às 15h ocorrerá o painel Memória Verdade e Justiça, com Roberto Caldas, Ivan Marques e José Carlos Moreira da Silva.

* Notícia na página da Comissão Estadual da Verdade.

13 de março de 2014

50 anos do comício da Central do Brasil.



Hoje se completaram 50 anos de um dos mais marcantes discursos proferidos por um Presidente da República na história do país. No dia 13 de março de 1964, em um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, João Goulart anunciou a disposição de realizar grandes transformações no país, as chamadas reformas de base. Pouco tempo depois, no dia 1º de abril, em defesa dos interesses dos grupos mais conservadores, contrários às reformas anunciadas, o exército promove o golpe militar que derrubou Jango da presidência, dando início a uma ditadura de 21 anos.