3 de junho de 2013

CNV revisa casos de "suicidados" da ditadura


A Comissão Nacional da Verdade investigará 44 casos de mortes de opositores da ditadura cuja versão oficial é de suicídio, mas cujos dados dos laudos contém informações inconsistentes, indicando fraude. Entre os casos selecionados está o de Luiz Eurico Tejera Lisbôa, ex-aluno do Julinho.
Um exemplo é o caso de Luiz Eurico Tejera Lisboa, o Ico, morto em São Paulo em 1972 e enterrado sob o nome falso de Nelson Bueno no cemitério de Perus. Seu corpo foi encontrado com um tiro na cabeça no bairro da Liberdade e o laudo cadavérico e exames de local indicaram na época que foi um suicídio.
Entretanto, os peritos criminais Celso Nenevê, Pedro Luis Lemos da Cunha e Mauro José Oliveira Yared, que têm colaborado com familiares de mortos e desaparecidos políticos e com a Comissão Nacional da Verdade, mediante o uso de novas tecnologias de perícia, analisaram os documentos do caso de Ico Lisboa e encontraram inconsistências nos laudos produzidos pelo regime que comprovam, na avaliação da CNV, que não foi um suicídio.
"Eurico Tejera foi 'suicidado'. Mataram ele. Ele não se suicidou coisa nenhuma", afirma Claudio Fonteles, que coordena o GT ao lado de José Carlos Dias.

Nenhum comentário: