Henfil
nasceu em Ribeirão das Neves, RJ, e atuou como cartunista, jornalista e
escritor. Estreou em 1964 na revista Alterosa, e trabalhou em vários jornais e revistas.
Em 1969 passou a trabalhar no Jornal do Brasil e no jornal O Pasquim, conhecido
por usar o humor para tratar de temas políticos. Nestes veículos, seu trabalho se
popularizou e ficou marcado pelo tom de crítica social e política, enfocando especialmente
a desigualdade social, o autoritarismo da ditadura e a luta pela democracia. No
início da década de 1970 lançou, pela editora Codecri, a revista Fradim, onde
apareciam personagens tipicamente brasileiros que se tornariam muito conhecidos,
como a Graúna, o Bode Francisco Orelana, o nordestino Capitão Zeferino, os frades Cumprido e Baixinho, e Ubaldo, o
paranoico. Henfil também atuou em cinema, teatro, televisão e literatura.
A Graúna, o bode Orelana e Capitão Severino |
Henfil
teve uma grande atuação nos movimentos sociais e políticos, participando intensamente da luta pela democracia. Foi um dos fundadores
do Partido dos Trabalhadores, e fez muitas ilustrações para os materiais do
partido e de campanhas eleitorais. Participou ativamente na campanha pelas
eleições diretas.
Assim
como seus irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário, Henfil sofria de
hemofilia, o que o obrigou a receber diversas transfusões de sangue. Em uma
dessas transfusões contraiu o vírus HIV. Morreu em 1988, em decorrência das complicações
causadas pela AIDS.
Senador Teotônio Vilela. |
Alguns
livros publicados por Henfil:
Diário de um cucaracha (1976)
Hiroshima, meu humor (1976)
Dez em humor (1984)
Diretas Já! (1984)
Henfil na China (1980)
Fradim de Libertação (1984)
Como se faz humor político (1984)
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