A publicação tem o título de Arquivos da Repressão e da Resistência, e traz os artigos
apresentados no seminário por pesquisadores e estudantes do Brasil e outros
países.
Entre os artigos está o de Renata Pacheco de Vasconcellos e Vanessa Tavares Menezes, A importância da elaboração de instrumentos de pesquisa
para o resgate da memória: a experiência do Arquivo Público do Estado do Rio
Grande do Sul na confecção de um catálogo seletivo da documentação da Comissão
Especial de Indenização, que destaca "a importância das fontes arquivísticas e dos
instrumentos de pesquisa elaborados a partir delas, para a construção de conhecimento
histórico e o resgate da memória da história recente brasileira, mais especificamente,
acerca dos fatos ocorridos no período de 1964 a 1985 durante a ditadura civil-militar." O texto trata do caso específico do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, que confecciona um catálogo de documentos baseado no acervo da Comissão Especial de Indenização.
Outro trabalho apresentado no seminário foi o de Clarissa de Lourdes Sommer Alves e Nôva Brando, Ditadura, direitos humanos, arquivos e educação a
partir do patrimônio: documentar a ditadura para que(m)?, que trata da importância dos arquivo públicos na discussão sobre memória, verdade e justiça. Destacam que estas instituições "possuem um compromisso institucional de promover
discussões acerca da identificação, da preservação, da difusão e do acesso aos
arquivos produzidos pela repressão e pela resistência durante a Ditadura Civil-militar
no Brasil." As autoras relatam a experiência do Programa de Educação Patrimonial do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul através da oficina Resistência em Arquivo: Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos, dirigida a estudantes do ensino médio, utilizando o acervo da Comissão Especial de Indenização aos ex-presos políticos.
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